Mas mesmo esses gestos podem não ser necessários por muito tempo.
Em breve, iremos interagir com nossos smartphones e computadores simplesmente com a mente. Em um par de anos, poderemos ligar as luzes de casa só com um pensamento ou enviar um e-mail sem nem tirar o smartphone do bolso. Mais para frente, seu assistente robô vai aparecer ao seu lado com um copo de limonada simplesmente por saber que você está com sede.
Winni Wintermeyer/The New York Times | ||
Alguns produtos rudimentares de leitura cerebral já existem, permitindo que as pessoas joguem games fáceis ou movimentem um mouse numa tela.
Outra empresa, a Emotiv, vende um fone capaz de ler ondas cerebrais associadas a pensamentos, sensações e expressões. O dispositivo pode ser usado em jogos tipo Tetris ou para fazer buscas em fotos do Flickr pensando em uma emoção --como feliz, ou animado. O Muse, uma bandana leve e sem fio, pode se conectar a um aplicativo que "exercita o cérebro", forçando as pessoas a se concentrarem em determinados aspectos de uma tela, o que é quase como levar sua mente para a academia.
Fabricantes de automóveis estão explorando tecnologias que detectam quando o motorista dorme, chacoalhando o volante para acordá-lo.
"As atuais tecnologias cerebrais são como tentar escutar uma conversa num estádio de futebol a partir de um dirigível", disse o neurocientista John Donoghue, diretor do Instituto Brown para a Ciência Cerebral, em Providence (em Rhode Island).
"Para ser realmente capaz de entender o que está acontecendo com o cérebro hoje, você precisa implantar cirurgicamente um conjunto de sensores no cérebro", afirmou ele.
Mas esse chip dentro da cabeça também pode sumir em breve. Uma iniciativa deste ano do governo dos EUA, chamada Mapa da Atividade Cerebral, visa criar um mapa abrangente do cérebro.
Há algumas preocupações a serem resolvidas. No site do Muse, um trecho é dedicado a convencer os consumidores de que o aparelho não pode transmitir os pensamentos das pessoas.
Donoghue disse que, mesmo quando os avanços na tecnologia de leitura cerebral se acelerarem, haverá novos desafios.
Donoghue disse que, mesmo quando os avanços na tecnologia de leitura cerebral se acelerarem, haverá novos desafios.
Disse: "Não é só porque eu estou pensando num bife ligeiramente mal passado em um restaurante que isso significa que eu realmente o queira para o jantar".